Share on facebook
Share on linkedin

Compartilhe nas suas redes

Share on facebook
Share on linkedin
Share on reddit
Share on telegram
Share on whatsapp

Balenciaga bracelete de fita crepe de 3mil dólares 

A Balenciaga lançou uma pulseira feita de fita crepe por nada menos que 3 mil dólares. Sim, você leu certo. Uma fita crepe — dessas que você encontra em qualquer papelaria por poucos reais — agora é artigo de luxo, vendido como se fosse uma joia. E pasme: há quem compre.

Esse caso escancara um problema muito mais profundo do que uma estratégia de marketing ousada ou uma provocação artística. Revela uma sociedade doente por status, por fama e reconhecimento, viciada em dopamina barata gerada por curtidas, seguidores e uma falsa sensação de pertencimento.

Vivemos uma era em que o valor de algo não está mais na utilidade, na estética ou na qualidade — mas no quanto ele pode impressionar. E impressionar quem? Muitas vezes, pessoas que nem conhecemos, e que, lá no fundo, não se importam com a gente.

A verdade é dura, mas precisa ser dita: isso não é moda. É uma forma de alienação. Usar uma fita crepe no braço por milhares de dólares não é estilo. É imbecilidade. É falta de discernimento, de bom senso — e, muitas vezes, de autoestima.

As marcas de luxo perceberam isso e passaram a vender o ridículo como tendência. Sacos de lixo como bolsa, tênis destruídos por preços exorbitantes, camisetas propositalmente mal costuradas. A nova regra parece ser: quanto mais absurdo, melhor. E os influencers ostentação são os primeiros a exibir esses produtos, como se isso os tornasse parte de uma elite.

Mas que elite é essa? Que moda é essa que despreza o bom gosto, que ridiculariza o dinheiro de quem compra, e que alimenta um ciclo de futilidade e vaidade sem propósito?

No fim das contas, pagar milhares de dólares por uma fita crepe no pulso não é sobre moda — é sobre um vazio interno sendo mal preenchido. É sobre pertencer a uma tribo que precisa chamar atenção a qualquer custo, ainda que o custo seja a saúde mental, a dignidade e o bom senso.

Enquanto isso, as marcas seguem lucrando com o ridículo. Porque, como diz o ditado: “dinheiro não aceita desaforo”. Mas aparentemente, status aceita — e a qualquer preço.

Veja outros posts:

plugins premium WordPress